quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Faça o que eu digo – Não faça o que eu fiz


Quantas vezes nos vemos aconselhando os outros a respeito dos mais variados assuntos. Quanto mais velhos ficamos mais nos sentimos na obrigação de aconselhar alguém, principalmente porque já vivemos ou já presenciamos outros passarem por situações semelhantes. Acho que aconselhar não é algo ruim e as pessoas poderiam escutar e saber aproveitar o que lhes interessa, já que têm a autonomia de separar o que achar inútil.
Aposto que todo mundo já errou quando ignorou sábios conselhos e hoje quer transmitir esse aprendizado aos outros. Porém, muitos não querem conselhos por diversos motivos, seja porque acreditam que a outra pessoa está apenas se intrometendo, ou porque precisam passar pela experiência para conhecer as consequências, porque acharam o conselho desnecessário ou errado, ou por qualquer outro motivo.
Não dá para negar que muitos “amigos” nos dão conselhos com segundas intenções, geralmente ruins, por inveja, por nos desejar o mal ou até mesmo porque simplesmente não gostam da gente. Neste caso, quem está recebendo o conselho deveria ignorar essas pessoas e suas opiniões, já que geralmente querem apenas criar confusão. Por outro lado, devemos valorizar aquelas que realmente nos querem bem.
Quando somos jovens somos arrojados e gostamos de aventuras, experimentar e viver tudo o que aparece na nossa vida. Assim, geralmente não escutamos os mais experientes e muitas vezes nos damos mal. Os jovens deveriam entender que é importante aprender com os erros, mas isso também é muito arriscado, porque existem erros que não nos permitem mais acertar e deixam marcas para toda a vida, além de custar muito caro.
Os pais, por outro lado, querem ver seu filho bem, acertando e fazendo boas escolhas. Então devem fazer a sua parte, jamais devem ser omissos. Muitas vezes será necessário ser mais drástico, já que é uma vida que está em jogo. É melhor pecar por exigir limites e cobrar do que pecar pela omissão. Ao menos, ao final de tudo, sabemos que fizemos a nossa parte e que, certamente, por impormos nossas disciplinas e exemplos, nosso filho se torne uma pessoa melhor.
Quanto aos nossos amigos e conhecidos, a quem queremos aconselhar e que não desejam nos ouvir, paciência. Cada um sabe de sua vida. Jamais devemos ultrapassar os nossos limites para mostrar o caminho a ser seguido, a menos que se trate dos nossos filhos. O importante neste caso é mostrar o interesse e a boa vontade de ajudar. A opção de aceitar ou não a ajuda fica por conta do aconselhado.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Inversão de papéis


Acho que está tudo errado. Deve ser por isto que os jovens estão cada vez mais desrespeitando os adultos, principalmente os pais.Quem deve mandar em casa? Os pais ou os filhos? E quem deve dar o bom exemplo? Primeiramente os pais devem impor e mostrar sua autoridade, inclusive exigindo obediência dos seus filhos e dando bons exemplos de vida como honestidade e boas condutas. E os filhos devem respeitar seus pais, incondicionalmente, buscando esses como referência de vida. Mas, hoje em dia está muito difícil educar os filhos. Eu acredito que a má influência dos programas de televisão é uma das principais causas. Em uma novela é tão banal um filho maltratar um pai ou uma mãe, ou até mesmo matar. Os jovens assistem as novelas e acabam achando estas atitudes normais e fazem o mesmo. Já está banalizado. A mídia divulga o nosso cotidiano e, se somente mostrar famílias perfeitas e filhos educados, não dá audiência, numa realidade em o que realmente importa é a audiência.Filhos que interditam seus pais para ficar recebendo a aposentadoria e se apoderam de seus bens. Famílias inteiras que dependem destes idosos para sobreviver. Os pais trabalham uma vida inteira e não podem ou não sabem ao menos gerenciar seus recursos financeiros e sua vida. Certamente esses filhos não buscam a felicidade dos pais com estas atitudes, apenas querem se apoderar dos bens para poder usufruir depois que se ausentarem. Que tipo de filho é esse que quer decidir a "felicidade" do próprio pai em detrimento da sua própria.Parece que o quadro está cada vez pior. Eu sempre defendo o diálogo com os filhos, a presença na vida deles, demonstração diária de amor e carinho. Afinal, a família é o porto seguro. Defendo também o amor entre irmãos e que deveriam ser sempre os melhores amigos. Quando falta a estrutura familiar, quando a ausência dos pais é algo comum no dia-a-dia, quando dão mau exemplo, que tipo de cidadão esse filho se tornará. Cada vez que vejo uma criança com mau comportamento penso que tipo de pai esta por trás dele. E você, é um bom pai ou um bom filho e, caso seja os dois, é bom pai e bom filho?