quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Preparando um cidadão



Aposto que todos os pais e mães têm muitas dúvidas na maneira de educar seus filhos. O que falar, o que ensinar, o que dar de presente, o que permitir, quais amizades liberar.
A criação dos filhos não vem com uma receita como se fosse a de um bolo. Mesmo porque, um bolo mantém os mesmos ingredientes por muitos e muitos anos, já o mundo gira e as mudanças acontecem a cada novo dia. O que é uma certeza hoje, amanhã poderá não o ser.
Têm muitos pais que deixam seus filhos largados, sem estabelecer limites. Não controlam suas amizades, seu estudo e o que fazem no tempo ocioso. Outros, por outro lado, já controlam demais, não deixam seus filhos ir sozinhos na esquina, os impedem de tomar decisões, deixando-os com medo, criando verdadeiros “retardados”.
Pais que possuem um melhor poder aquisitivo, ou nem tanto, dão tudo que os filhos pedem, qualquer coisa. Seja ela cara, difícil de encontrar, sem nenhuma função, apenas para satisfazer uma necessidade momentânea, que logo passará. Neste caso, filhos muito mimados e que nunca recebem um “não”, certamente sofrerão um dia. A vida diz muitos “nãos” para a gente. Nem sempre o que queremos conseguimos, mesmo que tenhamos muito poder aquisitivo. E, quanto mais tarde este entendimento do “não” chegar, maior será o sofrimento. Dar uma mesada ao filho – mensal, semanal, é uma excelente forma de educar, pois ele aprende desde já a administrar o que ganha e a dar valor para as coisas. Dar mesada é bem diferente de dar dinheiro sempre que o filho pede. Muitos querem compensar com dinheiro e presentes, o carinho que não dão.
Outros pais escondem de seus filhos os problemas que atravessam. Daí vem novamente o aprendizado em lidar com o sofrimento. A vida é assim. Algumas vezes vamos sofrer. Mas se soubermos lidar com isto, reagiremos melhor.
Eu diria que educar é dar o bom exemplo. Não funciona querer ensinar para o filho algo que nem nós mesmos praticamos. Nós somos a primeira referência de vida deles. Referência ruim, resultado ruim. Entretanto, em alguns casos, referências boas, resultados ruins, por influência das más companhias que os filhos adquirem.
Mas, apesar de ter os meus defeitinhos, minhas manias, tenho muito orgulho dos meus filhos. Procuro não esconder nada deles e mostrar sempre as surpresas ruins da vida. Dou liberdade, mas ao mesmo tempo oriento-os sobre as más companhias, das conseqüências negativas da falta de estudo, do valor e importância da honestidade e da boa índole, do respeito a todos. Recomendo-os a evitar brigas e a não ter rancores com outras pessoas, aprendendo a perdoar e, principalmente, enfatizo muito sobre a importância do amor e do carinho, principalmente entre a família, e a de terem a dignidade de buscar sempre a Deus, seja nas horas ruins e nas horas boas.