sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Estourar a grande bolha


Dias e dias envolvidos neste nosso mundinho, na nossa abençoada rotina, que nem ao menos nos damos conta de que estamos cada vez mais estressados, cansados, depressivos e entediados. É como se vivêssemos sofrendo dentro de uma bolha, mas, ao mesmo tempo, com muito medo de estourá-la para viver livremente.
Ficamos tão imersos nesta vida, sempre convivendo com as mesmas pessoas, que estão fazendo as mesmas coisas, com os mesmos papinhos de sempre, que esquecemos que também existe vida lá fora. E que essa vida também tem problemas, mas que só pelo fato dessas outras pessoas fazerem parte de outra cultura, viverem em outro meio, nesta ou em outra cidade, fazerem outras coisas, também podem nos proporcionar outras possibilidades, outra visão, outra maneira de ver e viver a vida.
Quando saímos de dentro da bolha, ampliamos essa visão ao infinito.
E, nem sequer precisamos de muito tempo e muito dinheiro para viver esta rica experiência. Precisamos, sim, de vontade e de cabeça aberta. Cabeça aberta! Infelizmente as pessoas não vislumbram esta possibilidade para suas vidas. Talvez porque nem saibam o bem que pode lhes causar, porque pensam que economizar é mais importante, ou porque acham tudo isto uma tremenda bobagem. Daí, depois gastam grande parte de suas economias em tratamentos de saúde, principalmente para curar a depressão, o mal do século.
Eu garanto até que, mesmo que seja em poucos dias fazendo estas coisas diferentes, em lugares diferentes e com pessoas diferentes faz uma tremenda diferença para nossas vidas. Precisamos respirar outros ares, outras brisas para nos sentirmos vivos. E quando nos sentimos vivos ganhamos motivação para viver melhor com as pessoas que amamos. E esta felicidade contagia mais e mais pessoas. E estas, por sua vez, também contagiam as outras. E assim por diante.
Não é porque sempre vivemos assim que não podemos mudar. As oportunidades de mudança estão aí. Basta termos a mente aberta e criativa para adquirimos uma longa vida de felicidade. Ficar preso na grande bolha evita que corramos riscos, mas também impede que nos sintamos livres e felizes. Mudança é uma questão de atitude mental que nos leva aos primeiros e importantes passos: estourar bolhas, derrubar muros e construir pontes.