quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Será que todos têm o seu preço?


A palavra índole é muito comentada entre as pessoas. Muitos a escutam e nem ao menos sabem o que significa. Então o que realmente quer dizer índole? Caráter, propensão natural, temperamento.
Em minha opinião a índole é uma característica que a pessoa herda desde o seu nascimento e que se revela na adversidade da vida. Podemos dizer que a pessoa tem ou não tem boa índole, pois não existe meio termo e também não é uma qualidade que se possa fingir que possuímos. É uma virtude que não é ensinada, mas que é moldada através dos exemplos e experiências dos pais ou responsáveis.
Tudo começa quando somos criança e muitas vezes fazemos coisas sem pensar e sem saber se aquilo que estamos fazendo é certo ou errado, na chamada fase da inocência. Dependerá da postura que os pais ou as pessoas que educam essas crianças têm diante destes atos. No caso dessa criança cometer um erro muito grave como “tomar um bem de outra pessoa sem pedir”, ou seja, “furtar”, será que os pais imediatamente corrigem este ato, fazendo com que a criança devolva e se desculpe, dando-lhe um castigo ou, simplesmente, acham engraçadinho e nada fazem? Este pode ser o momento crucial que pode definir o caráter dessa criança, pois viveu uma situação, muitas vezes até ingenuamente, e, com base nos ensinamentos, amor e referências recebidos durante sua vida desenvolveu ou não uma boa índole.
Você já viu uma pessoa meio honesta? Isto não existe. Ela é ou não honesta, mesmo que esteja em jogo um Real ou milhões, não importa. Tudo vai depender das circunstâncias que a vida apresentar para a pessoa. Então será que a frase “Cada um tem seu preço” é verdadeira? E esse preço corrompe os princípios de uma pessoa de boa índole? Acho que não. Creio que o correto é dizer “Cada pessoa sem índole tem seu preço”, pois a pessoa de bom caráter não consegue cometer intencionalmente deslizes, porque, certamente, não terá tranquilidade. Já aquela que é desonesta, mesmo agindo mal, vive seus dias calma e serenamente, como se nada estivesse acontecido.
Então, para concluir, podemos afirmar que, ao observar o caráter de um filho saberemos o de seus pais, e vice-versa, com raras exceções.

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