quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Expectativas para 2011

Todo final de ano nos comportamos sempre da mesma maneira: felizes porque o ano acabou e esperando ansiosos pela chegada do próximo para realizarmos os nossos sonhos pendentes. Colocamos todas as nossas expectativas neste ano que virá.
Devemos ter a consciência que os nossos sonhos somente acontecerão se nós fizermos a nossa parte. Não é a simples mudança de ano que tornará nossos projetos reais.
Emagrecer... “Quero perder tantos quilos!”. “Vou começar o regime na próxima semana!”. Se a vontade de emagrecer não vier em conjunto com exercícios e o tal “fechar a boca” nada vai acontecer. Infelizmente comer, comer e comer e não engordar é só para uma pequena parcela da população. Então, para entrar em forma, muito esforço mesmo!
Economizar... Também é outra tortura. Já terminamos o ano com os gastos das festividades e ainda começamos o próximo com as contas inadiáveis como IPVA, IPTU, material e matrícula escolar. E quem não tem disciplina já começa o ano endividado. Isto também é esforço para o ano todo. Não existem milagres.
Traçar objetivos específicos... O ideal seria que colocássemos em um papel as coisas que desejamos alcançar, sejam materiais ou espirituais, mas que sejam concretas e alcançáveis. E entrar no próximo ano mentalizando estas metas, agindo sempre de forma a conseguir realizá-las. Devemos fazer a nossa parte e orar a Deus para que Ele nos ajude neste processo. Lembre sempre que nada é impossível para Deus.
Então, que tal aproveitarmos este momento ideal e fazermos uma pausa para uma retrospectiva do ano que passou, separando as coisas boas das coisas ruins, as atitudes positivas das negativas, com o firme propósito de sempre buscarmos um ano melhor do que o anterior, com boas energias, muita paz de espírito e muita felicidade. Feliz Natal e Feliz 2011 para todos nós!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Meu Natal é assim...


O dom de Deus é magnífico! Ele proporciona uma série de elementos insubstituíveis ao ser humano, coisas que nós não viveríamos sem, mas não estamos dando o valor tão necessário.
Olhe o que fizemos com o mundo! Acabamos com ele! O aquecimento global e o desmatamento da Amazônia somos nós que causamos, e os rios também foi o ser humano que poluiu! Aqueles lindos animais da nossa rica fauna estão se indo. Depois de muitos domingos de divertidas caças, os pássaros, os macacos e muitos outros bichos sumiram.
Infelizmente, o que o ser humano poderá aproveitar das mil coisas que Deus os deu será a família. Apesar de sempre vermos na televisão ou em jornais que jogaram o filho pela janela ou que esfaquearam o pai e a mãe, tem outros que valorizaram bem a família. E nesse fim de mundo poderemos aproveitar o restante da vida com a família, a qual nunca irá nos abandonar.
Depois de ir e vir nessa vida, o que ainda todo mundo tem é o pai, a mãe, e os irmãos. Não lembre dos amigos nessa parada, porque na hora do sufoco sobra sempre a família; aquela mão enrugada e trêmula da mãe e o colo macio do pai. Aquele abraço e auto-ajuda dos irmãos também são de muita importância. E a noite de véspera de Natal carrega consigo a graça de unir famílias e corações amargurados, sempre com muito aconchego e perdão. A troca de presentes, a aproximação dos familiares que não víamos há tempo, aquele abraço que damos na mãe com a desculpa de ter feito isso somente no Natal passado, e aquele mimo dos irmãos, que, agora com muitos filhos abrem mais a boca para sorrir. A mãe orgulhosa, na contagem regressiva, olhando para todos os filhos e netos para ver como estão e quais são as suas expectativas, e no final, uma alegria imensa e abraços do tamanho do mundo! Feliz Natal!


Texto escrito pela minha filha Maria Paula (13 anos).

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Preguiça Mental


Sabe aquela “dificuldade” de colocar o cérebro para funcionar, de racionar? É pura burrice ou preguiça de pensar? Existem pessoas que optam por transferir aos outros as tarefas de sua responsabilidade ou simplesmente ficar indagando repetitivamente sobre tudo o que já ouviu dezenas de vezes. Isto realmente irrita quem está por perto e irrita mais ainda quem é constantemente indagado.

As pessoas são seres racionais e possuem um cérebro poderoso. Uns são mais estimulados quando crianças, outras não. Alguns recebem mais oportunidades da vida do que outros, como o estudo, o acesso à tecnologia, aos bons livros, jornais, conversas familiares cultas, etc.

Mas ter enfrentado mais dificuldades no passado não é desculpa para não buscar aprender cada vez mais. Aprender sobre informática, passar e receber e-mails, acessar a internet, tirar fotos com câmaras digitais, utilizar equipamentos eletrônicos e terminais bancários, etc. Quantas pessoas que você conhece que só tiveram acesso a um computador com a idade avançada e, mesmo assim, se saíram muito bem com a tecnologia? Eu conheço diversas! O homem deve dominar a tecnologia, mas não a tecnologia dominar o homem...

Só que dá menos trabalho cair fora, perguntar ou pedir para alguém fazer tal coisa. E quando a pergunta for cruel? Puro comodismo! Pura preguiça! Perguntar uma vez, anotar em um papel ou na mente e NUNCA mais fazer a mesma pergunta cretina, tudo bem! O pior é quando a tal da preguiça mental e a malandragem entram em cena e a mesma pergunta é feita mais e mais vezes. Paciência!

Tem pessoas que até se orgulham de dizer que não sabem fazer algo e que nunca puderam aprender. Parece que estão decretando que são mesmo burras e limitadas intelectualmente. É muito feio que os outros percebam isso em nós. Se realmente tivessem se esforçado teriam aprendido. Às vezes não gostamos de fazer determinada coisa. Mas será que sempre na vida só fazemos o que gostamos? É claro que não.

Ao trabalharmos em uma empresa somos requisitados diversas vezes ao dia, seja pelos colegas, superiores ou clientes. Já imaginou não resolver a solicitação e apenas dizer “não sei isto, não vou fazer!”. Certo que no mesmo dia estaríamos despedidos. Precisamos nos entregar à pesquisa, estudar, analisar, refletir e dar um jeito de resolver o problema. Então, por que não somos assim na nossa vida? Certamente, quanto mais conhecimento tivermos, mais bem-sucedidos e autossuficientes seremos. E também mais satisfeitos, porque a cada dia estaríamos aprendendo algo novo e útil. Aprender nunca é demais e conhecimento não significa acúmulo de informações, mas competência para agir.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Preparação para o Natal


Neste mês de dezembro muitas casas e empresas são decoradas para comemorar o Natal. As crianças, em especial, adoram participar destas decorações e também fazem pedidos ao Papai Noel escrevendo cartinhas e ficam na expectativa de receber os presentes que pediram, acreditando fielmente que o bom velhinho realmente existe. Todos os anos é sempre a mesma coisa, mas também é sempre uma época muito emocionante para todos nós.
Neste caso emocionante significa para mim alegria e tristeza ao mesmo tempo, porque apesar de participarmos de muitas festividades com as pessoas que amamos, fico pensando naqueles que estão passando fome, nas crianças que fizeram seus pedidos ao Papai Noel, muitas vezes até mesmo um prato de comida, um material escolar, um emprego para o seu pai e não são atendidas. Fico imaginando também aquelas pessoas que estão solitárias, doentes e nas famílias que estão desunidas.
As pessoas correm tanto de um lado para o outro comprando presentes para todo mundo e organizando uma sofisticada ceia de Natal, e se esquecem que o dia de Natal não é uma data comercial, mas com um significado muito mais profundo, o nascimento de Jesus Cristo que veio ao mundo para nos salvar.
Assim, imagino que o dia de Natal seria o momento ideal para aquelas pessoas que ficaram inimigas durante o transcorrer deste ano fazerem as pazes, para as pessoas exercitarem o seu lado espiritual pedindo a Deus para se tornarem pessoas melhores, menos egoístas, menos maldosas, menos calculistas e mais humanas. Seria perfeito também que as famílias neste dia ficassem mais unidas e com grandes demonstrações de carinho, já que a ceia é um momento que poderá ou não se tornar especial, depende somente das pessoas.
Não precisamos deixar de lado os presentes para aqueles que amamos, nem mesmo de tornar a nossa casa um lugar bonito e bem enfeitado, mas o que realmente vai importar para você ter um Natal espetacular é o sentimento de amor ao próximo e de gratidão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vida de Cigana


Cada um tem uma história para contar. Uns moraram e estudaram sempre no mesmo lugar. Outros já viveram parte de suas vidas em outros países. Alguns sequer nem mesmo tiveram a oportunidade de estudar. Posso dizer que fui uma pessoa privilegiada, pois já morei em onze cidades diferentes e estudei aproximadamente em sete escolas, sem contar as universidades e as inúmeras residências em cada cidade, dentro do Brasil, é claro, sempre para trabalhar, estudar ou acompanhar meus pais quando ainda pequena.
Isso que aconteceu comigo proporcionou coisas boas e coisas ruins para a minha vida, como em qualquer situação. É claro que tantas mudanças na vida de uma pessoa exigem uma grande capacidade de adaptação e uma necessidade constante de buscar novas amizades. A cada mudança de cidade sempre tudo é novidade: o colégio, a casa, os professores, os vizinhos, o clima, os colegas e os amigos. E, o maior problema é que, quando estamos bem adaptados, vem uma notícia de uma nova mudança. E daí começa tudo novamente. Na verdade, a gente acaba não criando vínculos e referências com lugar algum, se tornando cidadã do mundo.
Deve ser por isso que sou um pouco cigana, nômade. Não acho que isto seja um mérito, pois afinal não me deixou uma pessoa melhor ou pior por causa disto. Mas acredito que a minha personalidade foi influenciada por tantas e tantas mudanças. Vejo isto com muita naturalidade e sempre tive uma sensação boa quando penso no assunto “mudança”. Mudança de casa, de lugar dos móveis, de carro, de cidade, menos de família! Tenho muita facilidade em fazer mudanças. Ser assim nos dias de hoje é muito bom pois, afinal, não encontramos muitas dificuldades na adaptações que o mundo nos apresenta e não temos receio de enfrentar o mundo lá fora. E, ainda por cima nos tornamos pessoas mais experientes.
Mas analisando sob outro ponto de vista, dificilmente eu lembrarei quem foi a minha primeira professora, meus primeiros colegas de classe, meus amigos de infância, exceto alguns que eram de minha cidade natal os quais nos encontrávamos sempre, não vivenciei a tradição em meu estado, e ainda fiquei com uma inquietação de estar sempre mudando, o que deixa minha vida um pouco instável, mas cheia de novidades.
Não me arrependo de nada, mesmo porque o tempo que passou não volta mais. Mas, digo com certeza que, no final, sempre dá tudo certo. A gente se adapta, faz novas amizades, dentro das particularidades de cada região, e ainda por cima tem a grande oportunidade de conhecer novos lugares e novas culturas, que dificilmente em outra situação aconteceria.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fantoches da moda


Adoro comprar roupas, sapatos, bolsas, maquiagens! Quem não gosta? As mulheres normalmente são muito exageradas no assunto moda. E, por incrível que pareça, alguns homens também.
Através da mídia nos tornamos reféns da moda. Parece que se não estivermos com o sapato ou a roupa da última estação estamos deslocados. Comprar, comprar e comprar desvairadamente. Algumas pessoas até perdem a noção. Fazem dívidas nas lojas e, quando tem um compromisso importante, reviram o armário e dizem “Não tenho nada para vestir!”. Outras até deixam de ir a um evento porque colocam a roupa em primeiro plano, deixando até mesmo de se divertir com sua família e amigos. E quando repetimos uma roupa, principalmente em uma festa? Sentimos como se todos estivessem nos olhando.
O simples fato de estarmos usando uma roupa nova aumenta a nossa autoconfiança.
Sinceramente, acho tudo isto uma bobagem que a própria mídia nos faz acreditar que é real. Acho realmente que as pessoas exageram. Não podemos ser fracos. Tem cada roupa, sapato, bolsa, cortes de cabelo tão feios, grosseiros e exagerados. E, infelizmente as pessoas aderem a estas modernidades sem ao menos saber se realmente combinam com sua personalidade, com se tipo físico. Perdem a personalidade e se tornam bonecos uniformizados, todos usando o mesmo tipo de sapato, o mesmo modelo de blusa e, muitas vezes, até a mesma blusa.
Quem disse que você se tornará uma pessoa melhor apenas porque está usando uma roupinha ou um cabelo da moda, copiados de alguma novela da Globo? Você é o que é! O nosso corpo e as nossas roupas são a casca. O que vale realmente é o conteúdo. Este sim deve estar sempre na moda! É importante cada um ter seu estilo próprio, combinando suas roupas e cabelo com a sua personalidade, estando na moda ou não. Devemos buscar nos sentirmos bem, com a consciência em dia, com um bom papo, simpatia e generosidade. Isto sim deixa uma boa impressão nas pessoas com que convivemos! Elegância é vestir-se com naturalidade, seguindo-se os valores já mencionados, somado à nossa cortesia no contato com as pessoas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O desafio das empresas

Não sou uma pessoa que possui grande experiência na área empresarial, mas tenho observado muitas coisas que me fazem pensar que as altas cargas tributárias cobradas das empresas, juntamente com os altos juros e a atuação de muitos funcionários medíocres podem levar ao fechamento da empresa.
Os empresários precisam investir para acompanhar o mercado que exige maior produtividade aliado com menores custos. Também precisam de pessoas para tocar seu negócio, mas este também é um grande problema, porque vemos hoje muitos aproveitadores trabalhando nas empresas, os quais depredam veículos, faltam ao trabalho, falam mal da empresa e de seus donos, são desleixados e medíocres na execução das suas tarefas, sem contar que muitos são desonestos. Aliado a todos estes fatores, os empresários ainda estão sujeitos a receberem uma ação trabalhista, muitas vezes iniciada por um funcionário que foi incompetente no seu trabalho.
Por que as coisas chegaram nesta situação no nosso país? Dizem até que um funcionário que processa a empresa sempre ganha? Será verdade? Cadê a justiça?
Outra coisa que vejo, por exemplo, são as facilidades concedidas aos agricultores que não empregam ninguém, não pagam sequer imposto de renda, ganham favorecimentos do governo com baixos juros, longos prazos e abatimentos nas suas operações de empréstimo. Já os empresários, que geralmente empregam ao menos uma pessoa, não recebem incentivos para dar seguimento a sua atividade.
Observando isto jamais iria estimular um filho a ser empresário. Muitos pensam em ser autônomos, serem donos do seu próprio negócio. Mas, será que diante de tudo isso realmente vale a pena?
Infelizmente, muitos empresários podem até desistir do seu negócio e, o que é pior ainda, desistir de contratar pessoas. E a tecnologia permite que o número de empregados realmente seja reduzido. Afinal, um computador não rouba, não reclama, não falta ao trabalho, não depreda o patrimônio da empresa e, ao final de tudo, não entra com uma ação trabalhista.
Felizes aqueles que podem tocar a sua empresa sem necessitar contratar pessoas estranhas, apenas familiares e pessoas de alta confiança. Certamente estes não terão uma grande decepção no futuro. Quanto aos altos impostos ficamos a mercê do governo e da sua boa vontade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia especial para os vivos

Neste mês homenageamos os mortos no Dia de Finados. Muitos visitam os túmulos dos seus entes queridos levando flores e velas. As pessoas têm saudades dos que se foram e sentem necessidade fazer uma homenagem como forma de respeito.
Mas, já pensou que interessante seria se as pessoas também criassem o Dia dos Vivos. Não como o dia das mães, dos pais, das crianças, porque considero estas datas bastante comerciais. Mas, um dia que nós dedicássemos a levar uma ajuda, seja material ou espiritual, para as pessoas que estão carentes.
Fico imaginando esse feriado nacional ou mundial, o dia dos vivos, em que todas as pessoas visitassem com a mesma devoção, hospitais, clínicas para dependentes químicos, presídios, comunidades carentes, orfanatos, asilos. Nesse dia faríamos doações, mutirões para reformar, pintar, consertar. Levaríamos também palavras de estímulo, de consolo, de ânimo.
Jamais vou contrariar a opinião das pessoas neste dia em que muitos homenageiam seus mortos, pois cada pessoa tem suas próprias crenças e seus sentimentos, os quais devemos respeitar. O que quero dizer é que deveríamos nos preocupar também com aquelas pessoas que ainda estão ao nosso redor e que muito precisam de nós.
Entre elas, acredito que nem precisaria citar os nossos familiares e amigos que também precisam de atenção e de carinho. Algumas pessoas brigam, maltratam, ignoram seus entes queridos quando ainda eles estão vivos. E, depois que os perdem, fazem homenagens, assim meio tipo – matou e foi chorar no velório. Usei a palavra matar porque o desprezo, a indiferença também é uma forma lenta de assassinar. É certo que nunca é tarde para arrependimentos, mas tudo o que quisermos fazer de bom para alguém tem que ser feito em vida. No nosso dia-a-dia temos inúmeras oportunidades de tratar bem as pessoas e fazê-las felizes.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tesouros que mudam a nossa vida

Como está sua vida? Está tudo perfeito? Isto não pode ser totalmente verdade. A vida não é perfeita para ninguém. Então porque continuar a agir e fazer tudo como sempre? É certo que daí mesmo que as coisas não vão melhorar. Apenas vão continuar como estão ou piorar mais ainda. Jamais desejo ser uma pessoa negativa falando assim esta maneira. Mas, lembra daquela frase “Não se mexe em time que está ganhando”, se o time tá ganhando mesmo não se mexe, mas se está perdendo ou empatando, que tal variar um pouco?
E, porque não mudarmos de atitude? Porque somos medrosos, preconceituosos, muito tradicionais, teimosos, sei lá. Cada um com suas “neuras”. Mas, digo e afirmo sempre para qualquer pessoa que esteja passando por um momento ruim: mudar é preciso.
Nesta hora não nos importa o que os outros vão dizer, o que fizemos a vida toda, o que manda a tradição. Rever a nossa vida e deixar o preconceito de lado. Existem tantas alternativas que podem nos trazer felicidade e paz de espírito.
É muito importante mudar, porém complicado. Quanto mais idade, pior ainda. Somos resistentes a mudanças e teimosos. Mas o nosso cotidiano exige cada vez mais evolução da nossa parte. A começar pelo nosso telefone celular. Quanta tecnologia naquele pequeno aparelho. Para mim bastava ligar e receber ligações. Quanto mais simples melhor. E nos bancos? Tudo automatizado. Somos obrigados a seguir o ritmo da tecnologia senão não conseguimos nem ao menos fazer um saque, um depósito, um extrato. E o computador? Podemos fazer quase tudo com ele, até mesmo visitar o mundo inteiro sem sair de casa. Diria até que não saberia mais viver sem ele. Então, porque não evoluir também no nosso espiritual, emocional? Porque muitos preferem viver assim nervosos, desiludidos, cansados? Certamente porque estamos buscando a ajuda e alento em lugares errados ou com pessoas erradas.
Nem tudo está perdido. Nunca é tarde para recomeçar. O que acontece é que muitas pessoas que estão ao nosso redor são despreparadas e desligadas e não contribuem em nada para melhorar o nosso lado emotivo, espiritual. Outras já são especiais e com poucas palavras e pequenos gestos muitas vezes mudam a nossa vida para sempre. É só saber descobrir estes tesouros e estar aberto para recebê-los.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Qual o tamanho do seu sonho?

Adoramos falar com frequência que sonhamos em adquirir tal coisa, viajar para tal lugar, a fazermos determinada coisa. Mas, na prática, fazemos muito pouco ou quase nada para realizarmos estes sonhos.
Dias atrás tivemos o privilégio de assistir uma palestra do Pastor Antonio Marcos Novaes, oriundo de Londrina, no Paraná e vítima de paralisia cerebral ainda quando criança. Dentre todas as coisas maravilhosas que escutamos, eu particularmente posso destacar duas. A primeira foi a incrível vontade de realizar os seus sonhos, apesar todas as dificuldades que enfrentou na vida. A segunda, foi a consciência que todos nós deveríamos ter, em saber que, para a realização dos sonhos, a vontade deve ser seguida da ação e somente pedir a Deus, nas nossas orações, apenas aquilo que está fora do nosso alcance.
Resumindo, o pastor falou que “deitado em berço esplêndido” não ajuda em nada na busca da realização dos objetivos. Se realmente quisermos algo, devemos lutar, correr atrás e simplesmente não ficarmos esperando. Esperar para sempre,
porque este sonho jamais vai acontecer.
Por isso questiono sempre sobre qual é o real tamanho dos meus sonhos e o que estou fazendo de concreto para alcançá-los. Acredito que ficar esperando demonstra que somos preguiçosos ou que realmente não é um SONHO, mas uma vontade passageira,
que logo é substituída por outra, e mais outra.
Quando se tem um sonho real em questão, um sonho verdadeiro, não existe doença, dificuldade financeira ou falta de tempo que atrapalhem, Poderá existir, sim, falta de vontade. Devemos cumprir a nossa parte e orar para que Deus nos ajude, mas jamais ficar esperando coisas boas para a nossa vida sem suar a camisa. Sonhar e agir faz com que nos sintamos úteis no tempo e espaço e as conquistas oriundas dessa postura nos deixarão mais felizes e participativos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Porque amar vale a pena

Triste de quem passa seus dias sem amor. Dias vazios.
Viver e conviver com as pessoas ao nosso redor e não sentir amor,
não é viver, é sobreviver.
Mas, por que sobreviver sem amor se todos nós temos o direito a
gozar deste sentimento? Alguns sofrem. Outros ficam indiferentes porque
dentre todos os sentimentos que lhe são importantes, talvez o amor não
seja primordial.
Imaginar que está vivendo o amor sem saber que amar sozinho não
basta e que atitudes como traição, agressividade, egoísmo, grosseria,
ciúme doentio e abandono também não fazem parte deste sentimento. É tudo
uma ilusão.
Amar não é presentear num dia e trair no outro. Amar não é fazer
somente o que nos agrada. Amar não é exigir sempre e nunca dar nada em
troca. Amar é se manter sempre vaidoso mental e fisicamente para que
exista a admiração. Amar é ter na outra pessoa o melhor amigo, o
companheiro, o confidente, o cúmplice. Amar não é necessariamente ter os
mesmos gostos, os mesmos amigos, as mesmas convicções, mas respeitar o
outro. Amar é ter personalidade e não passar a gostar apenas das
preferências do outro, pois neste caso se transforma em submissão. Amar é
valorizar e respeitar a família do amado seja ela complicada ou não. Amar
é ter prazer na convivência do dia-a-dia. Amar é ceder. Amar é oferecer
auxílio quando atravessa por um momento difícil na vida. Amar, amar e
amar...
Priorizar a segurança financeira, a profissão, o status social, é
uma opção, porque afinal, devemos manter na nossa vida apenas aquilo que
nos é importante.
Mas, sortudos aqueles que podem unir todas estas conveniências e
ainda amar. Esses têm uma vida completa, feliz e plena: amar e ser amado.
Nunca é tarde para começar. O que importa na vida é a felicidade. E não
existe felicidade plena sem amor.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mulheres, entre o tanque e a sedução


As mulheres são incríveis. Acordam bem cedinho para atender os seus lares. Vão para o trabalho. Voltam para almoçar. Umas ainda precisam providenciar o almoço, senão, ninguém come. Atendem mais uma vez a família e daí retornam novamente para o trabalho. E, no final do dia, ao voltar para casa, começa tudo de novo. Filhos, jantar, lavar a louca, limpar a casa.
Tudo isto sem considerar a dedicação que precisam ter no seu trabalho. Afinal, o salário recebido é fundamental para a manutenção das despesas da casa. Outras nem trabalham fora, mas se dedicam com afinco nas tarefas de casa.
É tanta coisa que nós fazemos que muitas vezes esquecemos que também somos uma mulher. Que precisamos nos preocupar também com a nossa beleza, com o nosso corpo, com a nossa saúde. Muitas mulheres não se preocupam mais com isto. Parece que a mulher sedutora morreu e sobrou apenas a mãe e a dona de casa. Unhas bem feitas e bem pintadas, cabelos lindos, maquiagem, uma roupinha sensual..... nem pensar. Apenas um cabelo curtinho porque é mais prático, um chinelo de dedos e uma camiseta surrada.
Enquanto isso os maridos continuam bonitões. Jogam bola, vão a churrascos com amigos, jogam cartas, tomam suas cervejinhas, se reúnem para assistir futebol. E, acreditem se quiserem, alguns destes “dedicados” maridos ainda traem suas esposas tipo “Amélia-é-que-era-mulher-de-verdade”.
Não vamos ser tolas. Quem não gosta de uma casa em ordem, dos filhos bem alimentados e bem criados. Mas, você nunca parou para pensar na expressão “divisão de tarefas”? Que tal criar uma nova rotina na sua casa e assim, quem sabe, sobrará um tempinho só pra você. Os institutos de beleza, academias e bibliotecas estão aí, à nossa disposição. Família feliz é quando todos estão satisfeitos e felizes, mas jamais perca o amor próprio, a vaidade, a mente saudável e culta. A vida não se resume somente em filhos, casa e marido. De que adianta filhos e marido bem cuidados e que não aprenderam a admirar esta mulher porque nem ela mesmo se estima e se cuida não tendo a preocupação de surpreender e encantar o seu amado.
E o tempo passa e é implacável, restando somente rugas, um corpo fora de forma, uma mente atrofiada e vazia, os filhos criados e cuidando das suas vidas e, quem sabe, se tiver sorte, com o marido ainda ao seu lado. Entretanto, nestas circunstâncias negativas de desleixo e subestimação, procure acreditar fortemente na sorte, mas não conte muito por ela.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Apenas um livro

Você tem ideia de qual foi o primeiro e mais importante presente que ganhou em toda a sua vida? Garanto que nunca tenha imaginado isso. Tenho pensado muito nesse assunto e cheguei à conclusão de que o maior e mais importante presente que ganhamos ao nascermos foi um livro totalmente em branco dado por Deus. Esse livro corresponde a nossa vida.
A cada dia, a cada etapa que vivemos, páginas e páginas são escritas e a nossa vida é traçada. As primeiras páginas deste livro certamente foram escritas por aquelas pessoas que nos criaram, e estas talvez determinem o restante desta história, afinal éramos apenas uma criança que nada sabia da vida.
Na medida em que o tempo vai passando, a nossa responsabilidade por essa escrita vai aumentando cada vez mais, até o ponto de sermos totalmente responsáveis por ela e, dependendo do que escrevemos, traçar o nosso futuro.
Então, se estamos muito felizes e satisfeitos com o que já temos e não queremos mudar em nada, basta seguirmos o rumo da história. Mas, se há a necessidade de mudança, esta dependerá exclusivamente de nós mesmos ao darmos um desfecho nas próximas páginas. Assim sendo, não ficamos dependendo das circunstâncias, mas sim, da nossa determinação.
Portanto, isto explica porque nunca devemos culpar as outras pessoas, a cidade, o trabalho, os amigos pela vida que estamos levando. Tudo o que acontece é consequência daquilo que nós mesmos escolhemos e definimos para a nossa vida. É claro que durante o decorrer dessa historia poderão ocorrer imprevistos, os quais deverão ser administrados por nos mesmos, com sabedoria.
Se pensarmos o quanto é maravilhoso sabermos que ainda nos restam muitas e muitas páginas em branco e que a escrita delas depende apenas de nós mesmos. O quanto é gratificante reconhecermos as infinitas possibilidades que existem para a nossa vida. De quantas coisas ainda poderemos fazer, conhecer e aprender. Procuremos então preencher as páginas em branco do livro da nossa vida sempre com algo nobre e valioso, que realmente valha a pena ser lido.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Agradecer, agradecer e agradecer...... E, jamais reclamar!


Parece hipocrisia, mas não é. Eu sei que o certo é fazer isto, mas sei que nem sempre faço. Aliás, nós, seres humanos, nem sempre fazemos. Adoramos reclamar. Reclamar do tempo, das crianças que incomodam, dos preços que aumentam, dos políticos, de ter que acordar cedo para trabalhar, de uma simples gripe, de ter que enfrentar em uma fila, dos vizinhos que chateiam, do chefe. Estamos sempre reclamando....
Mas nunca pensamos na dádiva de termos saúde para podermos acordar todos os dias para trabalhar ou estudar, seja em um dia chuvoso ou ensolarado. De possuirmos um trabalho, afinal quantos estão desempregados e desejariam ter um emprego como o nosso. De chegarmos em casa e encontrarmos nossa família, nossos filhos, brincando e fazendo maluquices. De termos a possibilidade de comprarmos comida e objetos de nosso desejo, mesmo que moderadamente porque o dinheiro é curto, mas, ao menos, não passamos fome e frio.
Também reclamamos de certas situações que nos acontecem, dos problemas que surgem. Ficamos muitas vezes meio bobos nos perguntando por quê? Não adianta reclamar, afinal todos tem os seus problemas. Uns mais pesados, outros mais leves. Ninguém escapa deles. A vida não é uma perfeição (acho que se fosse perfeita não teria muita graça!).
Se algo não está indo como tínhamos planejado, é fundamental que tenhamos paciência, muita calma nessa hora! Seguir em frente acreditando que, no final, geralmente tudo acaba bem. Tudo tem uma razão de ser. É certo que existe um destino traçado para cada um, mas também é certo que todos podem reverter este destino para alcançar uma vida melhor. Para isso são necessárias algumas atitudes e qualidades, como a gratidão, a honestidade e muito, muito trabalho.
Agradecer a Deus, a tudo que possuímos, aos nossos pais, aos nossos filhos, ao trabalho, a saúde, aos amigos, ao tempo. Antes de reclamar deveríamos pensar que existem pessoas em pior situação que a nossa. Sempre achei que isto não é consolo para ninguém, mas pode nos reconfortar e aliviar o nosso sofrimento. Bons pensamentos atraem coisas boas, maus pensamentos atraem coisas ruins!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Será que todos têm o seu preço?


A palavra índole é muito comentada entre as pessoas. Muitos a escutam e nem ao menos sabem o que significa. Então o que realmente quer dizer índole? Caráter, propensão natural, temperamento.
Em minha opinião a índole é uma característica que a pessoa herda desde o seu nascimento e que se revela na adversidade da vida. Podemos dizer que a pessoa tem ou não tem boa índole, pois não existe meio termo e também não é uma qualidade que se possa fingir que possuímos. É uma virtude que não é ensinada, mas que é moldada através dos exemplos e experiências dos pais ou responsáveis.
Tudo começa quando somos criança e muitas vezes fazemos coisas sem pensar e sem saber se aquilo que estamos fazendo é certo ou errado, na chamada fase da inocência. Dependerá da postura que os pais ou as pessoas que educam essas crianças têm diante destes atos. No caso dessa criança cometer um erro muito grave como “tomar um bem de outra pessoa sem pedir”, ou seja, “furtar”, será que os pais imediatamente corrigem este ato, fazendo com que a criança devolva e se desculpe, dando-lhe um castigo ou, simplesmente, acham engraçadinho e nada fazem? Este pode ser o momento crucial que pode definir o caráter dessa criança, pois viveu uma situação, muitas vezes até ingenuamente, e, com base nos ensinamentos, amor e referências recebidos durante sua vida desenvolveu ou não uma boa índole.
Você já viu uma pessoa meio honesta? Isto não existe. Ela é ou não honesta, mesmo que esteja em jogo um Real ou milhões, não importa. Tudo vai depender das circunstâncias que a vida apresentar para a pessoa. Então será que a frase “Cada um tem seu preço” é verdadeira? E esse preço corrompe os princípios de uma pessoa de boa índole? Acho que não. Creio que o correto é dizer “Cada pessoa sem índole tem seu preço”, pois a pessoa de bom caráter não consegue cometer intencionalmente deslizes, porque, certamente, não terá tranquilidade. Já aquela que é desonesta, mesmo agindo mal, vive seus dias calma e serenamente, como se nada estivesse acontecido.
Então, para concluir, podemos afirmar que, ao observar o caráter de um filho saberemos o de seus pais, e vice-versa, com raras exceções.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O empurrãozinho que faltava

Que tipo de ser humano nós nos definimos? Será que ao encontrarmos um amigo com dificuldades somos aquelas pessoas que damos o empurrãozinho para terminar de derrubar ou somos as pessoas que trazemos para junto da gente e tentamos ajudá-lo a encontrar uma solução para seus problemas?
Ninguém tem a obrigação de ajudar ninguém, pois cada um já enfrenta seus próprios problemas. E todos temos problemas, não importa se somos os mais ricos, os mais bonitos ou os mais inteligentes. Ninguém escapa das dificuldades da vida. E, parece até ironia, mas muitas vezes quando não temos problemas na vida, damos um jeitinho de achar um.
Mas, voltando ao empurrãozinho que faltava, se fizéssemos uma pesquisa certamente teríamos a certeza que, infelizmente, a maioria das pessoas dá o empurrãozinho. Apenas a minoria escolhe ajudar a pessoa e não derrubá-la ainda mais. E muitas vezes isto é uma conseqüência da própria vida corrida que enfrentamos que nos torna pessoas egoístas.
Na verdade seria ótimo que nunca precisássemos das outras pessoas. Mas isto é impossível. Começando no nosso trabalho que precisamos ser uma equipe para juntos buscarmos um bom resultado para a empresa e para atender da melhor forma os nossos clientes. No nosso lar somos uma família buscando a felicidade coletiva. Então, porque no grupo de amigos, não poderíamos ser também uma espécie de equipe, uma família, tentando uns ajudar aos outros? Porque isto é uma ilusão. Quando isto acontece, posso afirmar que são raras as vezes.
Assim cada um deve tocar para frente o seu barco, dando um rumo para ele, sabendo que está sozinho neste mundão e que as pessoas ao nosso redor são meros coadjuvantes deste filme que é a nossa vida e que o papel principal cabe somente a nós mesmos.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Desocupados


Os desocupados são aquelas pessoas que não possuem na sua rotina diária afazeres significativos que possam passar seu dia de maneira produtiva. Este não é um assunto que nos interessa, mas passa a ser um problema coletivo quando esses desocupados gastam suas energias em “trocar informações” da vida de outras pessoas, os famosos “fofoqueiros”. Quem não conhece algum?
Algumas vezes nós também cometemos erros e fazemos amenos comentários sobre a vida das outras pessoas, normalmente sem maldade. Mas, infelizmente, algumas pessoas são maldosas mesmo, querem fazer o comentário com o objetivo de prejudicar os envolvidos. Neste momento até passa na nossa mente um filme imaginando o “fofoqueiro” pulando de casa em casa, de loja em loja, tomando um chimarrãozinho e abastecendo a sua mente e das outras pessoas com informações maldosas de terceiros. E, para piorar mais ainda, geralmente essas pessoas são bastante criativas porque, em cada acontecimento narrado, criam mais algumas coisinhas que não fazem parte da realidade, até mesmo caluniando. E assim passam seus dias....
Pessoas assim não sabem curtir as suas vidas com coisas legais, tais como: como ler um bom livro, fazer uma academia, assistir a um filme, ser voluntário em uma entidade beneficente, buscar uma qualificação. Querem apenas estar entre as pessoas conversando coisas fúteis e maldosas sobre os outros. Alguns acordam bem cedinho para que seu dia seja bastante produtivo na busca e posterior multiplicação das fofocas.
Imaginem direcionar toda essa energia e criatividade que gastam em fofocas, na realização de coisas boas para a sua comunidade, para as pessoas carentes, para as pessoas doentes ou até para si mesmo? É certo que este saudável procedimento resultaria em muitos bons frutos e, ao final de cada dia, a mente estaria tranqüila e com a agradável sensação de ter feito o bem, com a força e benefício equivalentes a mil orações.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Estourar a grande bolha


Dias e dias envolvidos neste nosso mundinho, na nossa abençoada rotina, que nem ao menos nos damos conta de que estamos cada vez mais estressados, cansados, depressivos e entediados. É como se vivêssemos sofrendo dentro de uma bolha, mas, ao mesmo tempo, com muito medo de estourá-la para viver livremente.
Ficamos tão imersos nesta vida, sempre convivendo com as mesmas pessoas, que estão fazendo as mesmas coisas, com os mesmos papinhos de sempre, que esquecemos que também existe vida lá fora. E que essa vida também tem problemas, mas que só pelo fato dessas outras pessoas fazerem parte de outra cultura, viverem em outro meio, nesta ou em outra cidade, fazerem outras coisas, também podem nos proporcionar outras possibilidades, outra visão, outra maneira de ver e viver a vida.
Quando saímos de dentro da bolha, ampliamos essa visão ao infinito.
E, nem sequer precisamos de muito tempo e muito dinheiro para viver esta rica experiência. Precisamos, sim, de vontade e de cabeça aberta. Cabeça aberta! Infelizmente as pessoas não vislumbram esta possibilidade para suas vidas. Talvez porque nem saibam o bem que pode lhes causar, porque pensam que economizar é mais importante, ou porque acham tudo isto uma tremenda bobagem. Daí, depois gastam grande parte de suas economias em tratamentos de saúde, principalmente para curar a depressão, o mal do século.
Eu garanto até que, mesmo que seja em poucos dias fazendo estas coisas diferentes, em lugares diferentes e com pessoas diferentes faz uma tremenda diferença para nossas vidas. Precisamos respirar outros ares, outras brisas para nos sentirmos vivos. E quando nos sentimos vivos ganhamos motivação para viver melhor com as pessoas que amamos. E esta felicidade contagia mais e mais pessoas. E estas, por sua vez, também contagiam as outras. E assim por diante.
Não é porque sempre vivemos assim que não podemos mudar. As oportunidades de mudança estão aí. Basta termos a mente aberta e criativa para adquirimos uma longa vida de felicidade. Ficar preso na grande bolha evita que corramos riscos, mas também impede que nos sintamos livres e felizes. Mudança é uma questão de atitude mental que nos leva aos primeiros e importantes passos: estourar bolhas, derrubar muros e construir pontes.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Faça o que eu digo – Não faça o que eu fiz


Quantas vezes nos vemos aconselhando os outros a respeito dos mais variados assuntos. Quanto mais velhos ficamos mais nos sentimos na obrigação de aconselhar alguém, principalmente porque já vivemos ou já presenciamos outros passarem por situações semelhantes. Acho que aconselhar não é algo ruim e as pessoas poderiam escutar e saber aproveitar o que lhes interessa, já que têm a autonomia de separar o que achar inútil.
Aposto que todo mundo já errou quando ignorou sábios conselhos e hoje quer transmitir esse aprendizado aos outros. Porém, muitos não querem conselhos por diversos motivos, seja porque acreditam que a outra pessoa está apenas se intrometendo, ou porque precisam passar pela experiência para conhecer as consequências, porque acharam o conselho desnecessário ou errado, ou por qualquer outro motivo.
Não dá para negar que muitos “amigos” nos dão conselhos com segundas intenções, geralmente ruins, por inveja, por nos desejar o mal ou até mesmo porque simplesmente não gostam da gente. Neste caso, quem está recebendo o conselho deveria ignorar essas pessoas e suas opiniões, já que geralmente querem apenas criar confusão. Por outro lado, devemos valorizar aquelas que realmente nos querem bem.
Quando somos jovens somos arrojados e gostamos de aventuras, experimentar e viver tudo o que aparece na nossa vida. Assim, geralmente não escutamos os mais experientes e muitas vezes nos damos mal. Os jovens deveriam entender que é importante aprender com os erros, mas isso também é muito arriscado, porque existem erros que não nos permitem mais acertar e deixam marcas para toda a vida, além de custar muito caro.
Os pais, por outro lado, querem ver seu filho bem, acertando e fazendo boas escolhas. Então devem fazer a sua parte, jamais devem ser omissos. Muitas vezes será necessário ser mais drástico, já que é uma vida que está em jogo. É melhor pecar por exigir limites e cobrar do que pecar pela omissão. Ao menos, ao final de tudo, sabemos que fizemos a nossa parte e que, certamente, por impormos nossas disciplinas e exemplos, nosso filho se torne uma pessoa melhor.
Quanto aos nossos amigos e conhecidos, a quem queremos aconselhar e que não desejam nos ouvir, paciência. Cada um sabe de sua vida. Jamais devemos ultrapassar os nossos limites para mostrar o caminho a ser seguido, a menos que se trate dos nossos filhos. O importante neste caso é mostrar o interesse e a boa vontade de ajudar. A opção de aceitar ou não a ajuda fica por conta do aconselhado.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Inversão de papéis


Acho que está tudo errado. Deve ser por isto que os jovens estão cada vez mais desrespeitando os adultos, principalmente os pais.Quem deve mandar em casa? Os pais ou os filhos? E quem deve dar o bom exemplo? Primeiramente os pais devem impor e mostrar sua autoridade, inclusive exigindo obediência dos seus filhos e dando bons exemplos de vida como honestidade e boas condutas. E os filhos devem respeitar seus pais, incondicionalmente, buscando esses como referência de vida. Mas, hoje em dia está muito difícil educar os filhos. Eu acredito que a má influência dos programas de televisão é uma das principais causas. Em uma novela é tão banal um filho maltratar um pai ou uma mãe, ou até mesmo matar. Os jovens assistem as novelas e acabam achando estas atitudes normais e fazem o mesmo. Já está banalizado. A mídia divulga o nosso cotidiano e, se somente mostrar famílias perfeitas e filhos educados, não dá audiência, numa realidade em o que realmente importa é a audiência.Filhos que interditam seus pais para ficar recebendo a aposentadoria e se apoderam de seus bens. Famílias inteiras que dependem destes idosos para sobreviver. Os pais trabalham uma vida inteira e não podem ou não sabem ao menos gerenciar seus recursos financeiros e sua vida. Certamente esses filhos não buscam a felicidade dos pais com estas atitudes, apenas querem se apoderar dos bens para poder usufruir depois que se ausentarem. Que tipo de filho é esse que quer decidir a "felicidade" do próprio pai em detrimento da sua própria.Parece que o quadro está cada vez pior. Eu sempre defendo o diálogo com os filhos, a presença na vida deles, demonstração diária de amor e carinho. Afinal, a família é o porto seguro. Defendo também o amor entre irmãos e que deveriam ser sempre os melhores amigos. Quando falta a estrutura familiar, quando a ausência dos pais é algo comum no dia-a-dia, quando dão mau exemplo, que tipo de cidadão esse filho se tornará. Cada vez que vejo uma criança com mau comportamento penso que tipo de pai esta por trás dele. E você, é um bom pai ou um bom filho e, caso seja os dois, é bom pai e bom filho?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Telhado de vidro


Você já ouviu esta expressão em algum lugar. O termo “telhado de vidro” significa que todos nós temos o telhado de vidro e, portanto, jamais deveríamos jogar pedra nos outros porque estamos sujeitos a também termos o nosso telhado quebrado.
Nestes últimos dias tenho escutado algumas pessoas falando coisas ruins de outras como, por exemplo, as frases “Mas esta pessoa não presta!” e “Aprontou muito no passado e não merece a nossa ajuda!”. Mas, o que mais me admira, é que estes “julgadores” não são pessoas tão boazinhas assim como querem aparentar para a sociedade, pois também tem muita sujeira no seu passado e já cometeram muitos erros.
Na verdade todos nós julgamos os outros. Até mesmo sem querer. Mas todos nós também carregamos os nossos erros, as nossas culpas. Coisas que muitas vezes somente nós sabemos porque fazem parte da nossa intimidade. Então, porque não perdoar os erros do passado e ter uma atitude generosa com a outra pessoa? Será que somos tão superiores assim?
Quando julgamos alguém podemos estar prejudicando esta pessoa de alguma maneira. Não importa quem foi no passado, o que tenha feito de errado. Principalmente se estas atitudes ruins não prejudicaram os outros, apenas foram ruins para ela mesma.
Então, volte a olhar para dentro de si mesmo e, caso você realmente não encontrar nada de errado que tenha feito na sua vida, então está livre para falar mal dos outros e assim julgar e cometer injustiças. Você pode fazer isto porque é um ser humano perfeito!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Será que realmente temos bom coração?


Normalmente ficamos chocados quando assistimos na televisão cenas de famílias pobres, principalmente aquelas com crianças pequenas e que não teto para morar, roupas para vestir e alimentos. Mas, às vezes isto parece tão irreal porque é apenas uma imagem na televisão e também fica tão distante da nossa realidade. É um engano! Na verdade no nosso meio, perto de nós, também existem famílias que enfrentam situação de miséria, passam fome e frio, apesar do nosso município ser pequeno e praticamente a maioria dos moradores terem um desejável padrão de vida.
Nesta semana este jornal está publicando uma matéria falando de uma família formada por uma mãe, uma menina de cinco anos e dois meninos de 11 e 12 anos, que estão morando em uma escola abandonada no interior do município.
Esta família tem sofrido diversas surpresas da vida muito ruins e que nos permite fazer uma reflexão sobre como estão os nossos sentimentos de amor ao próximo e de solidariedade.
Imagine a situação desta mãe com sérios problemas de saúde e com três filhos pequenos sem um teto para morar, sem comida e praticamente sem roupas e utensílios? Apesar de ter não ter luz neste prédio e ter praticamente todos os vidros quebrados, esta mãe ficou satisfeita com o lugar, pois no meio de todo o desespero, ao menos seus filhos não estavam dormindo na rua e morrendo de frio.
Infelizmente, dias após ter “invadido” este prédio, recebeu uma intimação para deixá-lo, pois, além de tratar-se de um prédio público e que não pode ser invadido por ninguém, houve alguns moradores da comunidade receosos de que esta família poderia “prejudicar a tranquildade e o sossego” daquele lugar. Será que uma mãe doente com três crianças indefesas pode tirar o sossego de uma comunidade?
Nestas horas qualquer pessoa que esteja atravessando um problema sério como este só pensa impedir que sua família morra de frio e de fome. É uma questão de sobrevivência! Como alguém pôde pensar o contrário?
Não tenho a intenção de ser demagoga, mas gostaria que todas as pessoas pensassem um pouquinho mais no ser humano que pode estar do nosso lado e precisando de uma ajuda para não morrer de fome e de frio. Principalmente quando envolve crianças. Muitas vezes nos orgulhamos e falamos para todos que fazemos o bem para as pessoas. Mas, no dia-a-dia, será que é verdade?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mulheres que apanham


A mídia tem destacado muito nestes últimos tempos a violência que as mulheres sofrem dos seus maridos, namorados, amantes, etc.
Muitos podem pensar que apenas famílias de baixo poder aquisitivo é que enfrentam este tipo de problema. Estão enganados. Esposos endinheirados também são violentos com seus familiares. É claro que o maior índice de violência está associado ao consumo de álcool, drogas, desemprego, etc. Mas, e quando nada disto acontece, qual é a justificativa? Talvez tenham sofrido violência quando eram pequenos? Talvez tenham sido abandonados pelos seus pais? Ou nada disto. Eu ainda acho que fazem isto porque são mau caráter mesmo, uma pessoa que tem seu ego inflado e acha que é o ser superior da família e que pode tudo. Ou seja, um covarde, já que ser violento com a mulher, com uma criança ou um adolescente é covardia.
E as mulheres? Será que são sempre as vítimas? Na primeira surra que sofrem são realmente vítimas, pois o "amor" da sua vida lhe pegou desprevenida. E, depois da primeira surra, continua sendo vítima? Daí eu acho que é uma pessoa sem amor próprio. "Ah, mas eu não tenho dinheiro!". "Ah, mas eu não tenho casa!". Não tem desculpa! Sei que falar é fácil, até mesmo porque, graças a Deus, isto nunca aconteceu comigo. Mas, trabalhar, buscar o próprio sustento, buscar auxílio e abrigo com familiares, não é o fim do mundo. Fuja desta pessoa que faz mal para você e seus filhos! Mas, por favor, não fuja e no outro dia volte como se nada tivesse acontecido. Esta pessoa violenta dificilmente vai mudar. Não se engane.
Não me venha com o papinho "mas eu o amo". Como alguém pode amar mais a outra pessoa do que a si mesma. Como alguém pode dizer que ama aquela pessoa que lhe maltrata e maltrata seus filhos? Isto não existe. É pura falta de vergonha na cara!
Ninguém é de ninguém. Às vezes recomeçar nova vida é muito mais digno do viver no inferno. Será que estas mulheres fracas, que apanham e que não tomam nenhuma atitude, pensam no sofrimento que seus filhos possam estar passando em vê-las assim ou porque apanham também? Só de imaginar já fico apavorada. O mais importante é a coragem de tomar a atitude. Infelizmente, em alguns casos o dinheiro e o status são mais importantes do que a dignidade. Que pena!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Competências que levam ao sucesso

Nos últimos tempos tenho observado algumas pessoas que são extremamente inteligentes, tiram boas notas, passam em concursos difíceis mas, na prática, no dia-a-dia, são fracos, inseguros e sem atitude. Durante a faculdade tive uma colega assim. Tirava as melhores notas em todas as disciplinas, se destacava entre os colegas, mas apenas na teoria. Sempre que buscava uma colocação de trabalho tinha muita dificuldade. Por quê? Porque na prática as empresas buscam profissionais que tenham a competência para dominar a teoria, mas, principalmente, habilidade e atitude para colocar em prática. As empresas querem saber o que você realmente sabe fazer e não apenas o que está escrito no manual. Querem que você traga resultados. Essas pessoas muitas vezes até conseguem o trabalho, mas o desempenho sempre ficará a desejar. São pessoas que deveriam se limitar apenas a ensinar a teoria para as outras e, jamais, estar na frente dos negócios de qualquer empresa. Podemos até citar uma conhecida sigla que define melhor competência - CHA - Conhecimentos - Habilidades - Atitudes. Nós certamente nos destacamos em uma delas, mas deveríamos desenvolver as três, equilibradamente, para alcançar o sucesso.
Quando penso neste assunto logo faço uma associação com a educação dos nossos filhos. É maravilhoso que tenham ótimas notas na escola, mas de que adianta se este conhecimento não estiver acompanhado da vivência. Imagine um jovem que só tira as melhores notas e não tem segurança para ir sozinho até a um estabelecimento comercial para resolver um problema, solicitar um serviço, fazer uma compra, uma transação bancária. Delegar pequenas tarefas aos nossos filhos, na medida certa, fará com que sejam pessoas melhores, seguras e independentes.
Voltando àquela colega da faculdade, hoje sei que ministra aulas em um curso superior. Fez mestrado, doutorado, etc. Ela teve a consciência que, dentro de uma organização não teria muito espaço porque tinha em excesso o conhecimento e, em menor grau, as habilidades e atitudes. Assim ocorre hoje em muitas empresas. Profissionais excelentes decoradores de manuais e de instruções, mas completamente inseguros ao conquistar e atender clientes, negociar, executar suas tarefas, tomar decisões. Fatalmente, essa falha de comportamento se refletirá nos seus resultados, a curto ou a longo prazo. É só uma questão de tempo.
Então, que tal avaliarmos as competências que mais se destacam na nossa personalidade? Será que conseguimos avaliar as nossas deficiências ou achamos que somos perfeitos? Devemos ser críticos de nós mesmos, já que criticar a pessoa ao lado é bem fácil. Quem sabe hoje cai a ficha e, a partir de agora, uma nova pessoa surgirá, bem mais completa e mais segura para encarar o mundo.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pequenos gestos de gentileza


Todos os dias da nossa vida recebemos de Deus a oportunidade de realizarmos gestos de gentileza para as pessoas. Basta termos a sabedoria de aproveitar estas oportunidades. Atitudes como "bom-dia", "muito obrigado", "por favor", "desculpe", "com licença", "posso ajudar", emitir palavras positivas, são essenciais para convivermos civilizadamente com as pessoas. São bem simples mas nem sempre são praticadas por nós.
Nas primeiras horas do nosso dia já nos deparamos com alguém. Como será este nosso "bom dia"? Será animado, ou nem existirá? Quando alguém nos pede um favor, fazemos o possível para ajudar ou apenas tratamos o pedido com indiferença? E quando não nos pedem nada, mas observamos a necessidade do gesto, disfarçamos e seguimos em frente, como se nada estivesse acontecendo? Se esbarramos em alguém, principalmente em uma festa, em um mercado, pedimos desculpas? Quando alguém nos faz um favor, uma gentileza, agradecemos?
Existem pessoas com problemas, pessoas felizes, pessoas infelizes, pessoas carentes. Existem também aquelas que são sempre negativas, que fazem do mínimo probleminha um problemão, que nos derrubam. Não é só uma fase da vida delas. É sempre! Estão sempre reclamando. Tem também aquelas que se acham superiores a todo mundo, ou porque tem dinheiro, ou porque tem poder, ou não tem nada disto e se acham mesmo assim. Querem sempre passar na frente dos outros. E, pior ainda, tem aquelas que somente te tratam bem quando tem algum tipo de interesse, sejam recursos financeiros, influência ou mesmo qualquer outro favor, caso contrário, você não existe para elas.
Você consegue dimensionar as consequências de uma palavra negativa, de um gesto de grosseria feito para uma pessoa que pode já estar vulnerável, passando por algum sofrimento? Então, que tal agirmos de outra forma, distribuindo sorrisos, palavras gentis. Quantas pessoas poderemos sensibilizar positivamente naquele dia, ou talvez para a sua vida toda? Um pequeno gesto que não custa nada e pode fazer muita diferença para alguém.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Relaxar e curtir: cada um a seu modo


Que bom acordar certos dias e não ter que pensar e fazer nada importante. Apenas acordar. Especialmente nos feriados e finais de semana. Aqueles dias em que não temos nenhum compromisso. Nem trabalhar, nem cozinhar, nem arrumar a casa. Um dia reservado para não fazer nada. Apenas dormir, ler um bom livro, assistir um filme, ficar estirado ao sol, curtir os filhos.
Alguns podem até pensar nisto como preguiça. E daí? Por que não? Alguns poucos dias da nossa vida podemos nos dar este presente. Exatamente isto. Um dia da preguiça.
A vida é curta. Não sabemos onde estaremos amanhã. Não sabemos quem estará conosco amanhã. Então vamos curtir. Curtir do jeito que achar melhor. Às vezes passear, outras vezes não fazer nada.
As crianças geralmente fazem isto melhor do que nós. Deve ser porque elas não tem preocupações. O único compromisso delas é estudar. Quantas vezes sentimos saudades dos tempos de criança. Então devíamos ir no embalo delas e neste dia fazer de conta que também não temos preocupações. Afinal, o nosso corpo e a nossa mente também precisam relaxar.
Arrumar, organizar, lavar, passar, limpar e consertar. Tanto fazer também cansa quem está ao nosso lado. "Não brinca na sala porque faz bagunça!" "Não dorme até mais tarde porque tenho que arrumar a cama!" "Não brinca no pátio porque suja a roupa!" "Não corre porque pode cair e se machucar!" "O que os outros vão pensar se a casa ficar desorganizada!" Relaxa!! Uma louça por lavar na pia e uma roupinha no cesto não é o fim do mundo. Ficar um pouco mais na cama dormindo ou assistindo desenho animado com as crianças também não é o fim do mundo. Deixar que as crianças brinquem, corram, se sujem, é fundamental para o seu bom desenvolvimento.
Este descanso mental é necessário. Para você e para aqueles que estão ao seu lado. Deve ser por isto que tantas pessoas estão doentes. Porque não souberam relaxar ou não souberam deixar seus familiares relaxar. Desligar dos problemas do cotidiano é bem complicado. Mas, é um exercício mental necessário e que deveria ser praticado com frequência, por todos nós.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Disparidades no Brasil

O que me intriga é porque existem tantas disparidades culturais em um mesmo país. Além das diferenças gastronômicas e do clima, podemos citar também as diferenças de atitudes. Enquanto na região sul as pessoas são mais centradas e mais contidas nas suas comemorações, no restante do país a folia é bem acentuada. Tudo já começa nas comemorações de reveillon. Aqui soltamos foguetes, uma jantar bem caprichado, até vamos em bailes, dançamos, mas parece que falta a emoção, a alegria. Nas outras regiões as comemorações duram dias e são bem animadas. Depois, vem o carnaval. É uma data que eu adoro e não vejo graça nenhuma no carnaval da região sul. Talvez em Santa Catarina. Mas, definitivamente, os gaúchos não tem vocação para o carnaval. Parece uma coisa mecânica e sem emoção. Chega a dar inveja as festividades desta época do ano nas outras regiões. Parece que só sabem fazer folia. E, finalmente, falando em Copa do Mundo, defendo a ideia que realmente as realidades são bem diferentes. Claro que cada um faz da sua vida o que quer. Mas eu acho um completo exagero das pessoas tanta comemoração e tanta festa apenas porque o Brasil jogou e venceu a primeira partida neste campeonato mundial. Escolas não tiveram aulas, empresas fecharam, as ruas pareciam um deserto. Acho legal assistir os jogos, torcer, vibrar. Sinto orgulho de ser brasileira e de termos sido campeões por cinco vezes, mas realmente acho que tanta comemoração não tem sentido. Aqui no sul até paramos, mas fomos modestos. Em outras regiões as pessoas passaram pulando e festejando.
Não quero ser antipática. Até mesmo porque em outras épocas da minha vida já vibrei muito com a Copa do Mundo. Mas, parece que depois de ter vivido tantas experiências na vida, mudei minha visão e minha postura em relação a este assunto. Eu acho legal comemorar, assistir os jogos, vibrar, torcer. Mas também acho que é uma data bastante comercial, como as outras, e também acho que a minha vida não vai melhorar nem piorar se o Brasil ganhar ou perder o campeonato. Quando assisto na televisão as pessoas vibrando tanto, me pergunto se o nosso país realmente tem problemas sociais, se a saúde pública está bem assistida pelo governo, se as nossas crianças realmente tem educação de qualidade, se todos tem um trabalho digno, se a populção carente passa fome. Parece que está tudo numa boa. E pensar que, ganhando ou não a Copa do Mundo, apenas quem tem vantagens neste campeonato são os jogadares e a equipe técnica da seleção.
Na vida é desejável dosar. Tanta comemoração, tantos gastos e depois voltamos a nossa dura realidade. Acho que o país não está em situação confortável para parar e ficar voltado apenas para a Copa do Mundo. Nestas horas vale o equilíbrio. Acho que o nosso país não tem cura. O brasileiro gosta é de festa mesmo!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Coisas banais

Acordar, tomar banho, trabalhar, almoçar com a família, freqüentar a academia, jantar com a família, brincar com os filhos. É bem comum, fazemos todos os dias. Talvez por isto não valorizamos tanto estes momentos. Consideramos este dia banal.
Escutando pessoas que foram impossibilitadas de realizar uma ou mais destas atividades corriqueiras por problemas de saúde, exigência do trabalho, ou ausência de um familiar, nos mostra que isto é a real felicidade. É viver com sua família, ter saúde e disposição para trabalhar e para curtir todos os momentos.
Infelizmente, na nossa vida, temos horários, dificuldades e obrigações que nos impedem de viver intensamente o nosso dia-a-dia, nos obrigando a fazer todas estas tarefas automaticamente, normalmente para sobrar tempo para fazer outras mais urgentes. Já pensou como seria ir trabalhar ou tomar banho com uma perna quebrada e ter que depender de outra pessoa? Seria bem complicado. Por isto que digo que até tarefas simples que fazemos diariamente também fazem parte da nossa felicidade.
Muitas vezes escutamos que devemos buscar nas pequenas coisas esta felicidade. Não podemos negar que ter muito dinheiro nos deixa feliz, viajar, comprar aquele objeto do nosso desejo. Tudo isto é ótimo. Mas não é tudo. Passamos sem. Dinheiro vem, dinheiro vai e vem novamente. Se não pudermos viajar hoje, viajamos amanhã, ano que vem. Se não pudermos comprar aquele objeto, compramos outro mais barato ou não compramos. Tanto faz. Provavelmente, se vivemos sem ele até hoje, continuaremos vivos por mais algum tempo. Mas a companhia dos nossos pais, dos nossos filhos, afinal, da nossa família, nada substitui, cada encontro é uma oportunidade única, já que não sabemos o dia de amanhã.
E pensar que pessoas ao nosso redor valorizam tanto o ter. Somente quando aperta é que veem que o ter não significa nada. O arrependimento de não ter curtido as pessoas e as coisas que amamos não tem volta, não pode ser recuperado.
Você não ficaria com medo de ao menos cogitar a possibilidade de algo roubar a sua felicidade? Que tal mudar de atitudes e fazer as coisas do dia-a-dia mais intensamente, com mais paixão. Acordar de manhã cedo já bem feliz, pulando da cama. Fazer isto para as pessoas que são dorminhocas como eu, já é um pouco mais difícil, mas com um esforço conseguimos. Ou então transformar todas as refeições em um verdadeiro e feliz encontro familiar.
Deixo aqui o meu recado, mas sei que também tenho que mudar de postura em relação a vida. Todos nós temos. Já que a nossa vida é uma luta diária, que tal fazer dela uma luta mais prazerosa?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O despertar de um pesadelo


Sabe aqueles dias que tudo está sossegado, calmo, parece que nada vai acontecer de anormal. E, de repente, nos vemos diante de um verdadeiro pesadelo. Garanto que isto já aconteceu com todo mundo.
Defino aqui pesadelo quando acontece algo inesperado conosco, em um primeiro momento sempre muito ruim, e que poderá ou não transformar a nossa vida para sempre.
Normalmente nesta hora levamos um susto, ficamos anestesiados, amortecidos, sem reação. Mas, aos poucos, vamos assimilando e nos acostumando com o fato.
Mas, será possível que exista mais de um tipo de pesadelo? Acredito que sim e que cada um deles exige diferentes posturas. Uns são realmente muito ruins e não nos permitem uma reação, apenas exigem um certo conformismo com a situação, como por exemplo a perda de um ente querido.
Já outros, que de início nos causam uma péssima impressão, poderão, no futuro, trazer resultados positivos para a nossa vida. Depende da maneira que interpretamos este pesadelo.
Como qualquer pessoa, somos resistentes a mudanças porque elas causam uma ruptura na nossa rotina, no nosso dia-a-dia. Porém, esta ruptura pode proporcionar benefícios na nossa vida, como aquele casamento que de repente acaba ou o contrato de emprego que é rescindido. Quem sabe o futuro não está nos preparando algo muito melhor para nossa vida. Basta analisarmos sob outra ótica, sob outro ponto de vista e termos muita paciência, é claro, já que as coisas boas podem demorar um pouquinho para acontecer.
Diria que, dependendo do pesadelo, pode até tornar a nossa vida mais divertida e mais interessante. Sabe por quê? Porque esta necessidade de mudança muitas vezes nos força a quebrar nossos paradigmas e nos levar a tomar um rumo totalmente diferente daquele que estamos habituados e isto pode nos fazer muito mais feliz.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Inacreditável

Muitos acontecimentos que vemos e escutamos no nosso dia-a-dia são realmente inacreditáveis. Tá certo que a população mundial multiplicou, triplicou, quadruplicou, sei lá. Mas, parece que as coisas que acontecem hoje não aconteciam no passado, pelo menos eu acho. Acontecimentos como um pai matar um filho propositalmente, ou vice-versa; uma mulher doente agonizar por duas horas em um hospital e a enfermeira responsável ficar de braços cruzados sem fazer nada; ou então um simples desentendimento de trânsito acabar em homicídio.
Com o aumento da população brasileira aumentou também a precariedade nas condições de sobrevivência. As escolas não dão conta. A rede pública de saúde não dá conta. Os presídios não dão conta. O trânsito não dá conta. A renda familiar não dá conta. As pessoas então ficam mais estressadas, nervosas, doentes e sentem a necessidade de criar uma armadura para sobreviver. E muitas vezes acham que esta armadura deve vir acompanhada da violência.
Muitas se dão conta deste caos e procuram alternativas. A solução para acalmar o estresse é pessoal. Cada um sabe o que lhe faz bem, como por exemplo, residir em locais mais tranquilos e com mais qualidade de vida, meditar, cultuar uma religião, ou até mesmo consultar um médico, etc. Mas outras não fazem nada. Sabem que estão ficando cada vez mais irritadas, mais nervosas e ignoram. Só que o problema é quando acontece realmente um fato estressante e esta pessoa explode. Geralmente parte para a violência, e daí não adianta mais. Poucos segundos da vida desta pessoa pode terminar com tudo, seja da vida dela ou da outra.
Eu diria que um importante passo para evitar a violência e, mais tarde o arrependimento, é evitar o uso de armas. Quantas vezes escutamos que, em um momento de fúria, a pessoa sacou a arma e atirou por causa de um motivo fútil. Caso não estivesse armada a reação poderia ter sido apenas verbal e nada mais.
Mas, na minha opinião e o que realmente me incomoda é a falta de gentileza das pessoas. Muito poderia ser evitado se as pessoas fossem mais gentis umas com as outras. Tudo bem que a pessoa tem problemas. Todo mundo os tem. Isto não é desculpa. Procure uma solução para eles. Mas, ser agressivo, violento, mal-educado com as pessoas não resolve os seus problemas. Só os aumenta. Quando estiver diante de um conflito com outra pessoa seja gentil, surpreenda. Provavelmente a reação da outra pessoa também será amigável e o conflito deixará de existir. Talvez neste dia você esteja conquistando um futuro amigo. Quem sabe. Na pior das hipóteses, um conhecido. Mas, jamais um inimigo. Pense nisto!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lucro desvairado

Lucro é bom. É a razão da existência das empresas. Sem o lucro elas fechariam suas portas e muitos trabalhadores ficariam desempregados. Mas devido a grande concorrência, a exigência do mercado, e a necessidade de obter sempre melhores resultados, a busca das empresas pelo lucro está se tornando desumana.
Muitas empresas fazem o social, mas, na hora decisiva para obter a melhor produtividade, o que realmente importa é se a estratégia dará ou não o lucro. Se der lucro, concretizar! E se prejudicar os trabalhadores? Paciência! Que se adaptem!
Não vou afirmar aqui que lidar com pessoas seja uma tarefa fácil. Não é. Porque um funcionário não é 24 horas do dia apenas o funcionário. É um pai, é uma mãe, é um filho, é um esposo, é uma esposa, é um estudante, com todos os seus afazeres e todos os seus problemas particulares. Tudo isto faz parte do pacote. Quem contrata um funcionário recebe todo o pacote de presente.
Alguns funcionários não fazem jus as vantagens e aos benefícios que recebem de seus empregadores. Destroem seu patrimônio, tratam mal seus clientes e seus colegas, não colaboram na execução das atividades em equipe, afinal, estão somente preocupados com si mesmos. Mas, apesar de serem a minoria, existem em todas as empresas.
Mas existem também funcionários que um dia já foram excelentes e que talvez estejam desmotivados. Neste caso, acho importante as empresas fazerem algum tipo de trabalho com este trabalhador para motivá-lo. Muitas vezes apenas a remuneração não é a causa principal da desmotivação. Fatores como incentivos, clima organizacional, colaboração na execução das tarefas igualitariamente entre todos da equipe, sentir-se valorizado, também são importantes.
A tendência mundial será sempre esta e a perspectiva é que fique cada vez pior. Aquela que não se adaptar é engolida pelas concorrentes. E concorrentes hoje não são apenas aquelas situadas do outro lado da rua, mas todas aquelas que ofertam seus produtos e serviços nas diversas formas (internet, catálogos, etc.) em qualquer parte do mundo. Portanto, para “sobreviver” é fundamental que a empresa tenha em seu quadro apenas pessoas competentes. E, para isto, deverão ter a inteligência em diferenciar aqueles funcionários que são competentes mas estão desmotivados daqueles que são realmente incompetentes.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Compaixão


Busquei na minha prateleira um livro do Dalai-Lama que cita a seguinte frase :"Minha felicidade depende da felicidade alheia". Acho esta frase muito profunda porque, como diz no livro, quando vemos pessoas felizes, automaticamente também nos sentimos felizes e quando vemos pessoas sofrendo, automaticamente nos sentimos tristes. Ao menos a maioria das pessoas normais se sentem assim.
Mas, o mais importante que o livro cita é que o verdadeiro sentimento da compaixão é aquele que nos colocamos incondicionalmente ao lado do outro, sem qualquer tipo de julgamento, apenas com o objetivo de buscar alívio para a situação que este se encontra. O "outro" neste caso inclui todas as pessoas como os nossos familiares, amigos e até mesmo os nossos desafetos.
Que tipo de pessoa vê outra enfrentando uma dificuldade, sofrendo, passando por um mau momento em sua vida e não se sensibiliza? Está certo que atualmente nossa vida é muito turbulenta, corrida. Mas também não é desculpa para não prestarmos mais atenção ao nosso semelhante e não nos sensibilizarmos com seus problemas e agirmos com o propósito de auxiliar. Independente da pessoa, do sexo, cor, idade, profissão, classe social, somos todos seres humanos e todos desejamos ser felizes. Cada um a seu modo. E para que isto seja possível é indispensável o respeito. Uns são homossexuais, ou de outras raças diferentes da nossa, ou com menos recursos financeiros, ou deficientes físicos. Não importa, todos buscamos a felicidade.
Na prática não é fácil. Porque na vida existem pessoas que temos mais ou menos afinidades. Muitas vezes denominamos estas pessoas que temos menos afinidades como "inimigos". O legal seria que não existissem os "inimigos". Deveriam apenas existir aquelas pessoas que não concordamos com suas atitudes, mas que mesmo assim vivemos pacificamente, sem desejar e sem fazer o mal para esta pessoa, e sem ridicularizar. Estas atitudes negativas não trazem nada de bom para nós.
Os acontecimentos que nos magoaram no passado passam. Tudo passa. Então por que cultivar a raiva de alguém? Depende somente de nós mesmos, do nosso bom senso para superar estes fatos do passado e tornar este "inimigo" em apenas uma pessoa que temos menos afinidade. E jamais desejar o mal, porque certamente algum dia nesta vida ainda vamos cruzar com esta pessoa e, se o relacionamento for ameno, a convivência será melhor. Sentimentos como raiva e rancor só nos causam problemas e até doenças. Superar requer sabedoria, paciência e muita tranquilidade, afinal bons relacionamentos só acrescentam coisas boas na nossa vida.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A gratidão

A gratidão é um sentimento que as pessoas tem em relação a algum gesto de bondade que tenham recebido de uma pessoa, uma instituição, uma empresa, etc. Normalmente fazemos o bem não esperando a recompensa, apenas fazemos porque nos sentimos felizes, porque faz parte da missão da empresa, porque é o objetivo da instituição. Mas, mesmo não esperando a recompensa, quem faz o bem espera daqueles que foram beneficiados ao menos a gratidão, o reconhecimento do gesto.
Infelizmente, o que vemos no nosso dia-a-dia são pessoas ingratas, filhos ingratos, pais ingratos, funcionários ingratos, pessoas assistidas por uma instituição ingratas, etc. São muitos os casos e certamente alguém já teve a oportunidade de encontrar com estas pessoas. Nós mesmos, talvez algum dia da nossa vida também fomos pessoas ingratas.
Eu acho que o pior tipo de ingratidão ocorre dentro das famílias. Qualquer pai sabe o sacrifício que é criar um filho, educar, proporcionar o melhor estudo, as melhores roupas, noites em claro quando estão doentes, deixar de fazer um programa, um curso, uma viagem, uma aquisição por causa dos filhos. E quando crescem? A maioria sabe agradecer, mas muitos ignoram tudo o que receberam dos seus pais e os abandonam, os desprezam. Não visitam, colocam em asilos, não dão assistência, maltratam, seja com gestos ou palavras. É claro que os pais nunca devem deixar de fazer o melhor para seus filhos pensando que um dia este poderá o abandonar, mas também deve dar o exemplo e bons ensinamentos para que seus filhos, no futuro, sejam pessoas agradecidas. Tem até aquela frase famosa que diz “tudo o que um pai faz para um filho, um filho não faz para um pai”. Existem também alguns casos em que pais que não souberam proporcionar uma vida feliz aos seus filhos e, quando ficam mais velhos e que requerem mais cuidados, cobram dos filhos a atenção. Alguns destes filhos, mesmo magoados pelas atitudes do passado, sentem-se na obrigação de cuidar deste pai, dando amor e carinho. Outros já não tem o mesmo gesto.
Acredito que cobrar a gratidão das pessoas é algo que não devemos fazer. As pessoas tem ou não tem no seu coração o sentimento da gratidão. Somente quem sofreu a ingratidão de uma pessoa é que pode dimensionar o quanto machuca. E, após muitos e muitos machucados, mesmo a pessoa sendo bondosa, pode se tornar fria e receosa em continuar a fazer o bem. Não deve. Se fazer o bem faz parte de sua índole, de sua personalidade, continue. Isto lhe fará se sentir bem e isto é o que realmente importa para você ficar feliz.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pessoas


Escrever sobre as pessoas é complicado porque também somos seres humanos. Podemos ser, na maior parte da nossa vida, uma pessoa boa, mas, certamente, em algumas ocasiões tivemos algumas atitudes incorretas. Afinal, somos seres humanos e, portanto, algumas vezes somos egoístas, fracos, maldosos, gananciosos, fofoqueiros, invejosos, etc. Ninguém é perfeito.
Quantas vezes nos deparamos julgando as outras pessoas ao nosso redor. Mas, como escrevi outras vezes, cada um tem uma história e uma bagagem. Esta bagagem que é única, ou seja, a educação recebida, o sofrimento passado, os problemas já enfrentados, que faz com que a pessoa tenha determinados defeitos e também determinadas qualidades.
Porém, apesar de certas atitudes negativas que as pessoas têm, e que talvez possam ser justificadas pela sua história, não impede que nos magoem, nos deixe triste, nos deixe “sem o chão”.
Penso que nestas ocasiões devemos parar, respirar, e respirar novamente. Jamais reagir. Sei que isto é quase impossível. Pois, quando estamos com a cabeça quente falamos qualquer coisa sem pensar e, certamente, nos arrependemos mais tarde. Isto é praticamente um exercício. Escutar e assimilar somente aquilo que nos faz bem.
Se determinadas atitudes de uma pessoa não nos agradam sugiro que convivam com esta pessoa civilizadamente, mas somente o necessário, o que não pode ser evitado.
Mas também devemos reservar para a nossa vida apenas atitudes que façam o bem para as pessoas e que não as magoe. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que nos façam. Lembrei-me da parábola da três peneiras e deixo como sugestão para você refletir: Verdade, Bondade e Necessidade: Antes de falarmos algo devemos passar pelo crivo das três peneiras: A primeira peneira: A Verdade.
”Você averiguou se tudo o que você quer dizer corresponde à verdade? Está comprovado? É verdadeiro?”
A segunda peneira: A Bondade. “Aquilo que você quer me contar; e que não foi comprovado ainda; ao menos é bom?”
A terceira peneira: A Necessidade. “Será que aquilo que te preocupa é tão necessário assim?”
“Se aquilo que você quer dizer a respeito de alguém não é verdade, nem bom e muito menos necessário, então enterre e esqueça para que não envenene a mim e a você mesmo”.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Casamentos felizes


O que torna alguns casamentos felizes e outros infelizes? Certamente são as pessoas que fazem parte dele. No começo tudo é lindo e maravilhoso. As mulheres se arrumam, se perfumam, seus cabelos são da moda, bem pintados, bem cortados. As unhas perfeitas. Desleixo jamais.
Daí vem o casamento, os filhos, daí é aquele horror. Salão de beleza só para festas, talvez por preguiça ou para não gastar. A roupa bem velha, camiseta surrada, pronta para a faxina. Cabelo só amarrado ou bem curtinho (não gasta tempo). A turma das amigas se separa. As novas "amigas" são as namoradas e esposas dos amigos do marido. Acaba o romance, um jantarzinho a dois. Tudo passa a ser aquela rotina. Aquele dia-a-dia previsível. Limpar a casa, lavar roupas, louça, fazer o pão, o almoço, o jantar, as conservas. E o tempinho para o romance, só para o casal não acontece mais. Parece que antes do casamento elas tem uma personalidade e depois adquirem outra. Acho que pensam que o casamento dura para sempre, que a conquista já foi feita. A conquista já foi feita, mas também é uma atitude diária de cada um.
Os homens geralmente não mudam. Se tem a turma de amigos, do futebol, da cerveja, do churrasco, mantém. Se são mulherengos, só pioram. Se são egoístas nas tarefas domésticas, só pioram. Se são violentos, só pioram. Mas a sua personalidade não muda. São o que são. As mulheres é que não querem enxergar e sonham um dia que ele vai mudar: "Depois que nos casarmos eu mudo ele". Mentira. Ninguém muda ninguém. Na convivência no dia-a-dia e com os problemas normais do cotidiano, o "verdadeiro" amor é testado. Às vezes aí está a grande diferença. Quando há amor, cumplicidade, amizade tudo se resolve. Como saber se o casamento está fortalecido? Quando enfrentamos um problema sério, grave e que não desestrutura o casamento, apenas serve para fortificá-lo cada vez mais. Feitos uns ajustezinhos aqui, outros ali e o casamento vai ficando cada vez melhor.
Tem também aqueles casamentos que sobrevivem por muitos e muitos anos, mas o que sustenta não é o amor. É o dinheiro, a conveniência, a acomodação, a cobrança da família, da sociedade e até da religião. Só aparência. Mas isto é problema de cada um. Ninguém. Ninguém pode saber o que se passa dentro de quatro paredes. O que acontece com um casal só diz respeito ao casal.
Acredito também que ninguém deve podar ninguém. Não é porque um gosta de determinada coisa que o outro detesta é que devem cortar estes prazeres para sempre. Muitas vezes é preciso ceder. Um cede uma vez e outro na outra vez. Ajudar nas tarefas de casa, cuidar dos filhos. Infelizmente na vida não podemos fazer somente aquilo que gostamos. Se quisermos viver bem com as pessoas ao nosso redor, como na nossa casa e no nosso trabalho, também precisamos fazer aquilo que não gostamos.
A pessoa que escolhemos para fazer parte da nossa vida deveria ser o nosso melhor amigo(a), que podemos amar, contar sempre nas horas boas e más, compartilhar os problemas e as alegrias, fazer conquistas juntos e, afinal, ser felizes juntos!!!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Escola X Educação?


A escola para uma criança ou adolescente deveria ser o segundo lar, pois é o local onde eles permanecem por mais tempo depois da própria casa. Não acho que a escola deva ser a responsável por 100% da educação, mas certamente deve ser um complemento e, talvez em alguns casos, ser responsável por educar em 100% aqueles jovens em que os pais são ausentes ou negligentes com a educação dos seus filhos. Muitas vezes os pais esperam que a escola faça milagre como ensinar seus filhos a respeitar os mais velhos, adquirir o amor pela leitura e por línguas estrangeiras, boas maneiras ao tratar os colegas, professores e funcionários, etc. Como fazer um aluno não falar um palavrão na escola se em casa isto é bem comum, como impedir um aluno de agredir outro se em casa os pais se agridem e agridem os seus filhos, como um jovem vai gostar da leitura se nunca viu os pais lendo um livro sequer? Isto sim é milagre, mas milagres são possíveis. Existem muitos jovens que são uma aberração, passam aprontando na escola, não querem saber de estudar, são violentos, parecem que vão para escola apenas para cumprir uma mera formalidade para algum dia receber um certificado de conclusão. E muitos pais destas aberrações acham seus filhos o máximo, acham que os professores tem a obrigação de aturar a falta de educação, que os professores jamais devem impor sua autoridade e que os filhos estão certos. Errado. Estes filhos vão sempre acreditar que ser uma pessoa mal educada, violenta, desinteressada está certo porque seus pais, que são a sua principal referência, lhes dão razão. Já vi até pais, que também são professores, terem este comportamento. Isto é inacreditável! Existem também aqueles pais interessados na boa educação de seus filhos mas que são ingênuos, porque mandam seus filhos para a escola e não fazem o devido acompanhamento. Seus filhos podem se misturar aquelas "frutas podres" e acabar se estragando. Não basta ter proporcionado boa educação, tem que acompanhar, saber como está a escola, como estão as tarefas, as notas, com quem está saindo, onde vai, como vai, o que vai fazer. Geralmente os filhos reclamam destas cobranças, principalmente na adolescência, mas no fundo gostam, porque sabem que são amados e que seus pais se interessam por eles. Felizmente ainda existem aqueles filhos esforçados, estudiosos, com pais que valorizam a cultura e a boa educação e que são a motivação de muitos professores em continuar na luta. Pais que muitas vezes não tiveram a mesma oportunidade que seus filhos estão tendo e querem fazer o máximo em proporcionar o melhor. Claro que deixar um terreno, uma casa, um bem material é importante. Mas isto pode acabar um dia. O conhecimento, o estudo, a cultura, a educação, isto não acaba nunca, só aumenta. E quando pais e filhos tem a consciência disto, melhores serão as chances de sucesso no futuro. Mas, voltando para as escolas. Acho que também não estão completamente certas. Acho que entraram no ritmo da folia. Ao menos algumas. Cobrar mais. Mais leitura, mais deveres de casa, mais reuniões periódicas com pais e alunos, reprovação no caso de incapacidade do aluno em seguir em frente, valorização dos alunos esforçados, mais disciplina no pátio, nos corredores e punição severa para os "infratores". Sei que não deve ser fácil. Muitos fatores impedem os administradores das escolas tomarem atitudes mais drásticas. Mas uma escola é como qualquer outra instituição, e assim deve ter normas claras e que devem ser respeitadas pelos alunos desde as séries iniciais. Os pais e alunos que desejam fazer parte desta instituição, devem se adequar a estas normas. A escola deve ser firme nesta cobrança, e isto só será possível quando tiver o respeito da comunidade, senão as cobranças serão inúteis, porque não serão levadas a sério.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A viagem

Viajar é maravilhoso. Conhecer novos lugares, conhecer novas culturas, pessoas, culinárias diferenciadas, etc. Viajar de carro, de avião, de trem, de ônibus, de moto ou até caminhando. Viajar sozinho, com amigos, com a família. Cada experiência é única. Cada viagem é exclusiva, nunca é igual, por mais que sempre seja para o mesmo lugar.
Existe também a viagem interior. Aquela que devemos fazer algumas vezes em nossas vidas e que nos faz parar e refletir sobre o que está acontecendo, o que pode e deve mudar e agradecer o que está bom. Esta viagem também é única, porque cada momento que estamos passando é único. Às vezes estamos mais felizes, outras vezes mais carentes, outras satisfeitos e outras ainda insatisfeitos. Por isso que digo que cada viagem é única. Sou uma pessoa que sempre gostou de mudar. Sinto atração pela mudança. De cidade, de casa, os lugares dos móveis de casa, de carro. Só não quero trocar de família. Parece que a mudança me revigora, me motiva. Não que eu não goste da rotina, acho muito importante, principalmente para criar os filhos. Só não gosto da monotonia, do marasmo, de pessoas monótonas. Isto me cansa. Assim faço estas viagens interiores para refletir o que está bom e o que deve mudar, urgentemente. Às vezes até penso se aquelas pessoas mais acomodadas, mais conformadas, são realmente as mais felizes, como parece. Será que não fazem questionamentos, não pensam como seria se tudo fosse diferente. Acho que são felizes com este conformismo ou então não possuem outras alternativas senão seguir em frente. Nestas minhas viagens até penso que deveria talvez ser mais acomodada, mas não consigo. Realmente não faz parte da minha personalidade.
Tenho a qualidade de me adaptar as situações que são apresentadas para mim. E assim vou levando, vivendo. Até que um dia..... Basta! Faço aquela viagem interior e decido que algumas coisas devem mudar. Afinal a vida é uma só. Não temos a dádiva de viver a cada fase da vida duas vezes. Então porque ficarmos insatisfeitos? Porque não mudar? Devemos sempre buscar a nossa felicidade. Só que esta busca pela felicidade normalmente envolve outras pessoas ao nosso redor, então não podemos ser egoístas e pensar só em nós mesmos, como se fossemos o centro do universo. Ao menos devemos nos preocupar com as pessoas que amamos, devemos adaptar esta busca pela nossa felicidade e a possíveis mudanças em função destas pessoas também. Digo adaptar, ajustar, não quero dizer abrirmos mão dos nossos sonhos por estas pessoas queridas. Cada um deve saber o que se passa no seu coração. Ninguém é digno de julgar ninguém. Mas também não é justo culparmos os outros por determinado acontecimento ou situação que estamos atravessando. Se algo acontece que nos deixa infeliz é porque deixamos de fazer aquela viagem em nosso interior em algum momento da vida ou então até fizemos, mas tomamos atitudes equivocadas. A vida continua e mais e mais viagens podemos fazer. Cada viagem é uma experiência. E o acumulado de experiências nos permite acertamos o passo na eterna busca da felicidade ou na preservação da felicidade já conquistada.

terça-feira, 30 de março de 2010

“Filhinho da Mamãe”


Dias atrás conversei com um jovem, às vésperas de completar 18 anos, e que estava em busca de um emprego. Fiquei intrigada ao ver que o jovem estava esperando pelo seu pai para utilizar da sua influência e conseguir o tal emprego. O que me chamou a atenção é que este jovem não estava interessado em buscar uma colocação de trabalho pelos seus próprios méritos como conhecimento, iniciativa, simpatia, inteligência, disposição e honestidade.
Muitos jovens e, porque não dizer adultos, tem dificuldades em enfrentar o mundo. Provavelmente porque desde pequenos foram super protegidos pelos seus familiares. Na hora de fazer determinada lição da escola um pouco mais difícil, eram os pais que faziam. Nunca delegaram pequenas tarefas aos filhos, como ir até um comércio, um banco, diziam que era “perigoso”. Pais que sempre fizeram questão de levar e buscar o “filhinho” na escola, impedindo que o mesmo, pelo menos de vez em quando, fosse sozinho. O simples ato de acordar o “filhinho” para ir até a escola ainda é a mamãe quem faz, e não o despertador. Tem ainda aqueles pais que acham que seus filhos nunca fizeram nada de errado na escola, é sempre culpa dos professores ou dos outros colegas. E pequenas tarefas domésticas que nunca são delegadas aos filhos, como lavar e secar uma louça, e que são importantes para a formação da personalidade. Estes pequenos detalhes é que muitas vezes tornam as crianças adultos, ou quase adultos, com medo de enfrentar este mundo real e continuam da dependência dos seus pais. Felizes aqueles que podem contar com os pais por muitos e muitos anos.
Minha mãe sempre disse que criamos os nossos filhos para o mundo e não para nós mesmos. Este ensinamento passo para os meus filhos também. Sempre procuro mostrar para eles os problemas do dia-a-dia que os adultos enfrentam, afinal a vida é assim. Procuro esconder quase nada. Se eles sempre pensarem na vida sem problemas (o que é uma grande mentira), no primeiro obstáculo se mostrarão fracos, incapazes e incompetentes para agir. Ao mesmo tempo fico com um sentimento de pena destes pequenos “super protegidos”, pois agora tudo é lindo e maravilhoso. E depois ???